Proof of Work x Proof of Stake: quais são as diferenças?

 

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A mineração de criptomoedas depende de um método de consenso para que as transações sejam validadas por toda a cadeia, sem a necessidade de uma autoridade central.

Proof of Work e Proof of Stake são os dois métodos de consenso mais comuns para verificar a autenticidade das operações em criptomoedas. Mas quais as diferenças entre os dois? 

O que é Proof of Work (PoW)?

O Proof of Work (em uma tradução livre, Prova de Trabalho) é o método de consenso criado por Satoshi Nakamoto, o criador ou os criadores do Bitcoin. O objetivo de Nakamoto era criar um algoritmo que permitisse validar as transações em Bitcoins e que impedisse o chamado gasto-duplo.

O conceito por trás do PoW já existia, mas Satoshi Nakamoto aplicou à criptomoeda de forma a garantir que o sistema de validação fosse descentralizado e mantido mutuamente por todos os nós da rede.

Basicamente, o Proof of Work funciona da seguinte forma:

  1. A probabilidade de conseguir minerar um bloco é garantida pelo “trabalho” (work) do minerador. Esse “trabalho” significa o poder computacional que o minerador dispõe para resolver uma equação numérica complexa;
  2. Uma recompensa é dada ao primeiro minerador que conseguir resolver a equação;
  3. Os mineradores competem para serem os primeiros a resolver a equação. O método PoW fortalece a comunidade, no entanto, pode causar uma certa centralização, uma vez que torna difícil para mineradores individuais competirem com grandes conglomerados;
  4. Para conseguir derrubar a rede, um usuário deve ter 51% da força computacional de todos os nós dela, tornando o sistema praticamente impossível de ser derrubado;
  5. Exemplos de criptomoedas que usam: Bitcoin, Litecoin, Etherum (mas tem projeto para migrar para PoS), Monero, ZCash.

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O que é Proof of Stake (PoS)?

Enquanto o Proof of Work certamente revolucionou a forma como as transações em criptomoedas são validadas, ele também trouxe problemas. A capacidade operacional e energética necessária para resolver as equações são os principais deles.

Foi pensando em eliminar esses problemas que o Proof of Stake foi mencionado pela primeira vez em 2011, em um post do fórum Bitcointalk. O PoS virtualiza o método de consenso — aqui, quem sai na frente é quem tem o maior patrimônio em criptomoedas, e não quem tem os melhores computadores.

Em vez de mineradores, temos validadores, que “prendem” um parte do seu patrimônio como aposta nos blocos que eles acreditam que serão adicionados à cadeia (blockchain). Quando o bloco em que apostaram é finalmente adicionado, eles recebem a taxa de transação referente à bloco proporcional à aposta.

Resumindo, o Proof of Stake funciona da seguinte forma:

  1. A probabilidade de conseguir minerar um bloco é definida pela riqueza que um nó da cadeia “aposta” (stake). Quanto mais criptomoedas são apostadas, mais chances há de minerar o próximo bloco.
  2. Não há recompensa. Quem fizer a aposta mais alta recebe a taxa de transação do bloco.
  3. O método PoS tem uma relação de custo-benefício melhor, uma vez que não inclui recompensas e não há competição. Como o PoS não exige força computacional para resolver um algoritmo complexo, também não há um consumo exorbitante de energia.
  4. Um usuário precisaria ter 51% de todas as moedas distribuídas no mercado para ser capaz de atacar a rede.
  5. Exemplos de criptomoedas que usam: Cosmos, Nxt, Neo, Reddcoin, Qtum, Dash (usa um híbrido de PoW e PoS).

Bônus — Proof of Capacity (PoC)

Também existe a forma menos conhecida e usada de mineração Proof of Capacity (PoC). Neste caso, o espaço no disco rígido do minerador é usado como prova de capacidade.

O PoC possui um método semelhante ao PoS — mas enquanto o PoS define seus ganhadores pela aposta que realizam, o PoC define pelo espaço disponível no HD. Como consome pouca energia, é considerada a opção mais ecológica entre as três.

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