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O uso de moedas de metal como dinheiro acontece pelo menos no século 7 a.C e, dezoito séculos depois (11 d.C), é introduzido o papel-moeda na China, durante a dinastia Song. Apesar de séculos de inovação financeira, tanto o papel-moeda quanto as moedas de metal ainda fazem parte do nosso dia a dia.
No universo digital, Bitcoin e outras criptomoedas descentralizadas baseadas na tecnologia blockchain, como o ECC, já existem há mais de uma década, enquanto. o Facebook está planejando sua própria moeda digital blockchain chamada Libra (embora não seja descentralizada e não seja tecnicamente uma “criptomoeda”).
Com essa evolução tecnológica, será que a criptomoeda (moedas digitais) é o futuro do dinheiro?
Futuro do dinheiro: o papel das criptomoedas
As criptomoedas existem desde que o Bitcoin foi lançado pela primeira vez em 2008. Mas foi só em 2017 que elas realmente chamaram a atenção global quando o preço do Bitcoin subiu para quase US $ 20.000.
Desde então, as moedas digitais viram uma explosão em seus números enquanto cumpriam uma série de funções diferentes: elas alimentam novas formas de financiamento, permitem que contratos inteligentes sejam implementados em seu blockchain, podem ser usadas como oferta de investimento ou mesmo como meio de pagamento. Mas até que ponto a criptomoeda é o futuro em relação aos meios de pagamento de transações comerciais?
Muito se discute sobre o potencial das criptomoedas para se tornarem o futuro do dinheiro. Enquanto há muita especulação sobre o que acontecerá, o Deutsche Bank, o maior banco da Alemanha, publicou um relatório completo assinado por uma equipe de pesquisadores liderada por Jim Reid, diretor global e estrategista do banco.
O relatório intitulado “Imagine 2030” retrata o futuro do dinheiro até o final da década e afirma que, com um sistema monetário em declínio em todos os lugares, as criptomoedas serão o futuro do dinheiro. Mas por quê?
Os riscos para o sistema fiduciário
Os pesquisadores do Deutsche Bank estão céticos sobre a sobrevivência do sistema monetário baseado em moedas fiduciárias e sugerem que elas podem se tornar redundantes na próxima década.
O sistema monetário centralizado é um daqueles mecanismos financeiros que estão à beira de ser perturbados por novas formas de moedas digitais. “As forças que mantêm o sistema de moeda fiduciária unido parecem frágeis (…). Ao longo da próxima década, algumas dessas forças podem começar a se desfazer e a demanda por moedas alternativas pode decolar ”, segundo a pesquisa.
O relatório aponta que, nos últimos 40 anos, a ascensão da China como superpotência e o impulsionamento do fornecimento de mão de obra global contribuíram para a supressão dos níveis de inflação, o que permitiu a continuidade do modelo fiduciário — no qual o valor de mercado das moedas é garantido pela confiança.
No entanto, com a população mundial atingindo o pico da sua idade produtiva, o fornecimento de mão de obra pode começar a cair, pressionando os salários para cima. Isso, por sua vez, pressionaria os sistemas financeiros, dando abertura para a entrada das criptomoedas.
O relatório questiona: “as moedas fiduciárias sobreviverão ao dilema político que as autoridades enfrentarão, ao tentar equilibrar rendimentos mais altos com níveis recordes de dívida? Essa é a questão de vários trilhões de dólares (ou bitcoins) para a próxima década”.
Pontos específicos para a adoção das criptomoedas
Apesar das dificuldades enfrentadas pelas criptomoedas desde sua criação, o cenário certamente é favorável para sua adoção como futuro do dinheiro. O papel-moeda já não é mais o meio favorito para transações da maioria das pessoas — tanto clientes quanto empresas estão cada dia mais preferindo pagamentos digitais, o que abriria um excelente caminho para o uso das criptomoedas.
A possibilidade de eliminação da inflação também é um ponto crucial.
O blockchain ofereceu a oportunidade de tirar o poder das instituições e fornecer um serviço melhor às pessoas. As criptomoedas operam universalmente, ou seja, pela primeira vez, existe a possibilidade de moedas atuarem de forma global e simplificada. Com moedas verdadeiramente internacionais, as possibilidades de crescimento econômico global e igualdade social são infinitas.
Mas, apesar de seus benefícios bem conhecidos, as criptomoedas precisam superar vários obstáculos principais para se generalizar. Como afirma o relatório, as moedas digitais devem se tornar legítimas aos olhos dos governos e reguladores. Isso significa trazer estabilidade ao preço e trazer vantagens tanto para as empresas quanto para os consumidores, o que já vem sendo construído neste sentido.
Em segundo lugar, as criptomoedas também devem permitir um alcance global no mercado de pagamentos. Para fazer isso, as alianças devem ser estabelecidas com os principais interessados — aplicativos móveis, como Apple Pay e Google Pay, provedores de cartões, como Visa e Mastercard, e varejistas, como Amazon e Walmart. E, claro, o trabalho do desenvolvimento das criptomoedas deve ser constante, com objetivo de facilitar a sua circulação.
Se esses desafios puderem ser levados em consideração, as taxas de adoção serão cada vez maiores ao longo do tempo.
De fato, se as tendências atuais continuarem, pode haver algo em torno de 200 milhões de usuários de carteiras de criptomoedas em 2030, de acordo com o relatório. Ou um número até maior, considerando a evolução crescente da tecnologia.
Então, a questão seria quais países aproveitarão a vantagem de serem os primeiros a obterem licenças e construir alianças em prol deste caminho. À medida que isso ocorre, a linha entre criptomoedas, instituições financeiras e setores público e privado pode ficar tênue.
Enquanto isso acontece, pesquise e avalie oportunidades de criptomoedas sólidas que visam principalmente facilitar a vida das pessoas e que possuem um projeto de longo prazo para serem utilizadas em massa, de forma prática, fácil e segura.
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