O que é XRP – introdução
Uma criptomoeda com uma proposta diferente das demais comercializadas no mercado, que funciona de modo integrado ao sistema financeiro tradicional. Se você ainda não sabe o que é XRP, chegou o momento de conhecer as principais características dessa moeda digital.
Ao longo dos próximos tópicos, vamos explicar como surgiu a XRP, qual a tecnologia utilizada em suas transações, e apresentar as diferenças dela para o Bitcoin. Preparado para aprender mais sobre criptomoedas? Então, boa leitura!
A origem da XRP
A XRP foi criada no ano de 2012, por meio do trabalho em conjunto de três pessoas: o desenvolvedor Ryan Fugger, o programador Jed McCaleb e o empresário Chris Larsen. Essa criptomoeda é gerenciada por uma empresa privada dos Estados Unidos, a Ripple Labs, e tem como foco facilitar as transações dentro do setor bancário.
Sendo assim, a XRP possui características bem diferentes das outras criptomoedas do mercado. Afinal, a maior parte das criptos surgiram com o intuito de se desvincular do sistema financeiro tradicional e não de se incorporar a ele.
Tecnologia das transações e o protocolo Ripple
A XRP é a criptomoeda do chamado protocolo Ripple, que é um sistema de pagamento desenvolvido pela Ripple Labs. Dentro desse sistema, bancos e outras entidades financeiras podem se conectar e realizar transações entre si de forma rápida e simples.
Cada uma dessas transações é validada pela rede RippleNet por meio de um código, executado por validadores previamente selecionados pela empresa. O processo de autenticação é feito por meio de votos. Assim, quando 80% dos validadores aprovam uma operação, ela é liberada pela rede.
Integração com sistemas bancários tradicionais
Se você já realizou uma transferência entre bancos distintos, sabe que esse é um processo demorado e caro. O motivo é que as transações são processadas apenas em dias úteis e, dependendo do caso, precisam passar por várias instituições financeiras até chegar ao beneficiário final.
Tendo isso em mente, a Ripple Labs criou um sistema global, o protocolo Ripple, que funciona 24h por dia e ao qual todos os bancos podem se conectar. Dentro dele, as agências conseguem realizar transações usando qualquer moeda, seja XRP, Bitcoin, Real, Dólar etc. Inclusive, a tecnologia do PIX usa parte da estrutura central da Ripple para funcionar.
As diferenças entre XRP e Bitcoin
Veja um comparativo entre a XRP e o Bitcoin, a moeda digital mais conhecida do mercado.
Mineração
A mineração de Bitcoin é um processo de recompensa para as pessoas que atuam validando as transações feitas com esta criptomoeda. Isso ocorre por meio da resolução de problemas complexos de matemática liberados de forma automática dentro do sistema Blockchain. Assim, a cada problema resolvido, novos Bitcoins são criados como recompensa para o validador.
No caso da XRP, não existe mineração, pois não há novas moedas a serem geradas. Isso significa que os validadores não recebem compensação pelo trabalho desenvolvido. De início, pode parecer estranho, mas o sistema funciona. Afinal, o maior benefício para quem usa o protocolo Ripple e a XRP é poder aproveitar a própria tecnologia.
Veja mais:
· Mineração de criptomoedas: entenda como funciona
· A mineração de Bitcoin vale a pena?
Velocidade de transação
Por conta do processo de mineração e pela estrutura do Blockchain, transações com Bitcoin demoram, em média, 10 minutos para serem validadas. Em contrapartida, uma transação feita com XRP é confirmada em apenas quatro segundos.
Em termos práticos, isso quer dizer que a capacidade computacional do sistema do Bitcoin permite, no máximo, 7 transações por segundo. Já a capacidade da XRP é de mais de 1.500 transações.
Esse processamento mais rápido ocorre devido à quantidade pequena de validadores autorizados pela Ripple Labs e pelo próprio mecanismo de aprovação. Afinal, como explicamos, a aprovação é por votos e não pela resolução de problemas complexos.
Liberação de unidades das moedas no mercado
Tanto a XRP quanto o Bitcoin são criptomoedas finitas. Entretanto, existem grandes diferenças na forma como ambas chegam ao mercado.
No caso da XRP, existem 100 bilhões de moedas existentes e todas já foram desenvolvidas em 2012. Agora, o que a Ripple Labs faz é liberar essa quantidade aos poucos para o público. Até o momento, há pouco mais de 30 bilhões em circulação.
Já o Bitcoin foi criado para ter uma quantidade máxima de 21 milhões de unidades. A grande questão é que essas unidades ainda estão sendo desenvolvidas e surgem de modo recorrente por meio do processo de mineração. A previsão estatística é que o último Bitcoin só seja minerado no ano de 2140.
Tipo de controle das moedas
A última e talvez mais importante diferença entre XRP e Bitcoin está na forma de controle desses ativos.
A XRP é uma moeda extremamente centralizada, já que a Ripple Labs controla a lista de validadores e a liberação das unidades no mercado. Por outro lado, o Bitcoin é totalmente descentralizado. Afinal, qualquer pessoa pode se tornar minerador (desde que tenha recursos tecnológicos) e conseguir novas moedas.
O que é XRP – conclusão
Como deu para notar, a XRP é uma criptomoeda com características bem específicas. Por isso, as pessoas tendem a ter posicionamentos extremos em relação a ela, seja sendo um entusiasta, seja sendo alguém que ela não se encaixe como uma criptomoeda de confiança.
Independentemente de qual seja a sua opinião, o certo é que a XRP e o protocolo Ripple têm como foco o setor bancário, permitindo que as instituições financeiras realizem transações em tempo real com menos burocracia.
Conheça o Blog do Projeto ECC, e saiba mais a respeito das criptomoedas e das tecnologias a elas relacionadas!
