Ethereum x Ethereum Classic – introdução
Dois criptoativos com nomes similares, praticamente iguais, mas que possuem conceitos bem diferentes: é assim que podemos definir a relação Ethereum x Ethereum Classic. Caso você tenha interesse em entender melhor esse assunto, basta continuar a leitura.
Ao longo dos próximos tópicos, vamos explicar quando e por que ocorreu a cisão que deu origem ao Ethereum e ao Ethereum Classic. Além disso, iremos apresentar as quatro principais diferenças entre essas duas criptomoedas. Boa leitura!
A rede Ethereum e o Ether
Ethereum é uma grande plataforma dentro da qual podem ser executadas diversas ações. Isso inclui operações financeiras, desenvolvimento de jogos, aplicativos, sistemas, entre outros. O mais interessante é os servidores da rede são totalmente descentralizados, o que significa, em teoria, que ela nunca pode ser desligada.
O projeto do Ethereum surgiu em 2013, com Vitalik Buterin. Entretanto, a ideia só ganhou o mercado em 2015, com a ajuda de uma equipe formada por outras seis pessoas: Gavin Wood, Anthony Di Iorio, Charles Hoskinson, Mihai Alisie, Joseph Lubin e Amir Chetrit.
Mas, afinal, onde entra o Ether nisso tudo? Bem, ele é a criptomoeda que roda dentro do Ethereum. Porém, mais do que uma moeda digital, ela é o principal ativo utilizado para realizar qualquer tipo de operação dentro da plataforma.
Ou seja, caso você queira criar um app na rede, precisará utilizar Ether. O mesmo vale para quem quiser comprar esse aplicativo. Isso é só um exemplo. Na prática, o Ether é utilizado em inúmeras transações.
O momento do hard fork
No ano de 2016, os desenvolvedores do Ethereum estavam lançando uma novidade para o projeto: a Organização Autônoma Descentralizada (DAO). A ideia foi um sucesso e arrecadou US$ 150 milhões em Ether. O problema é que, no mesmo período, hackers conseguiram identificar uma falha no sistema e desviaram US$ 50 milhões.
O ocorrido teve muita repercussão e fez com que a equipe se dividisse. Uma parte do time queria rever a Blockchain da rede para cancelar as últimas transações feitas e, assim, “desfazer” o ataque hacker. Todavia, algumas pessoas do grupo viam isso como um insulto à integridade do sistema e não queriam mexer no código da Blockchain.
Tal situação levou a empresa a um hard fork, dando origem a dois projetos independentes: Ethereum (ETH) e Ethereum Classic (ETC). O primeiro foi conduzido pelo grupo que queria ajustar a falha do código, e o segundo manteve a proposta original da Blockchain, sem modificações.
As diferenças entre Ethereum e Ethereum Classic
Agora você entende um pouco melhor a relação Ethereum x Ethereum Classic. Entretanto, qual a diferença entre esses projetos? Existem vários detalhes que os diferenciam. Aqui selecionamos os quatro principais.
Quantidade de moedas
A criptomoeda trabalhada dentro do Ethereum Classic tem uma quantidade finita. Sendo assim, só serão disponibilizadas no mercado 230 milhões de ETC. Isso a torna uma moeda deflacionária, assim como ocorre com o Bitcoin.
Por outro lado, o Ethereum não estabeleceu um número limite para o fornecimento da sua criptomoeda. Essa foi uma opção dos desenvolvedores, como uma forma de manter a rede sem orçamento fixo, facilitando seu crescimento.
Algoritmo de mineração
A mineração do Ethereum Classic e do Ethereum baseia-se no proof-of-work, que é um sistema que utiliza a resolução de complexos cálculos matemáticos para validar transações.
Contudo, o Ethereum está mudando seu algoritmo para um novo, chamado proof-of-stake. Neste, o processo ocorre de modo diferente: mineradores precisam deixar uma quantidade de Ether travada no sistema para realizar as validações.
A partir daí, a plataforma envia, de forma aleatória, as transações para cada validador analisar e liberar.
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Capacidade para transações
O proof-of-work é um processo complexo e, consequentemente, leva tempo para ser realizado. Já o proof-of-stake exige menos recursos e é mais rápido. Isso faz com que a capacidade de transações do Ethereum Classic seja menor do que a da rede Ethereum.
Na prática, essa diferença é bem grande. Afinal, Ethereum realiza, em média, 600 mil operações diárias. Já a plataforma Classic registra um número de apenas 40 mil.
Time responsável pelo projeto
A equipe de desenvolvedores responsável pela rede Ethereum é, basicamente, a mesma de antes do hard fork, sendo liderada por Vitalik Buterin.
Em contrapartida, a Ethereum Classic não possui um time oficial. O que existe é uma comunidade de desenvolvedores que atua em várias partes do mundo e ajuda a manter o projeto em andamento. Além disso, esses profissionais não precisam de permissões específicas para contribuir com a plataforma, tendo acesso livre a ela.
Ethereum x Ethereum Classic – Conclusão
O Ethereum e o Ethereum Classic têm origem em um mesmo projeto. Entretanto, atualmente, são plataformas bem diferentes entre si e as criptomoedas de cada uma delas também possuem características específicas.
Enquanto a versão Classic mantém o formato inicial, o Ethereum seguiu adotando várias atualizações ao sistema base. Isso fez com que este crescesse em termos de popularidade e valorização.
Esperamos que este texto tenha esclarecido suas principais dúvidas sobre o tema. Caso queira aprimorar seus conhecimentos, indicamos a leitura do nosso post Como o Ethereum funciona: guia para iniciantes.
